Boas vindas
- Fernanda Barreto
- Jul 31, 2023
- 2 min read
Updated: Aug 3, 2023
Faz tempo que a ideia de criar um blog passeia pela minha cabeça. Amiga da síndrome da impostora que sou, arranjei uma lista de motivos contra. “Que coisa ultrapassada”. “Não vou ter tempo”. “Não vai ser muita exposição?”. São alguns deles. E mesmo assim, não consegui descartar aquela ideia.
Ontem à noite vendo “And just like that” – sim, eu caí nessa de assistir à série, mesmo diante de críticas, sou autêntica saudosista de “Sex and the city” e apegada ao universo – uma cena da Charlotte (Kristin Davis) me atingiu de forma certeira. Spoilers à parte, ela conversa com o marido sobre seu momento de vida, das atribuições como mãe, esposa, amiga. “O que aconteceu? Onde eu estou nisso?”. E ela atesta: “Preciso voltar a ser eu mesma”.
Escrever me faz sentir como eu mesma. Eu sempre gostei e, de uns tempos para cá, parece que faz mais sentido. Falar tornou-se necessário, quase terapêutico, e me ajuda e refletir e organizar alguns dos meus próprios sentimentos e pensamentos. Então passei a rabiscar algumas coisas em casa, e depois usar o meu perfil no Instagram para expor de forma tímida algumas coisinhas. Gostei da experiência, recebi alguns feedbacks muito carinhosos, e trocas enriquecedoras. Mas a Marie Kondo que habita em mim sentia falta de organizar esse espaço.
E assim, tomei coragem de colocar de pé o Carta Aberta. O nome é porque é assim que me sinto quando escrevo. Sobre minhas experiências, reflexões, pensatas. Os temas podem ser quaisquer, mas eu desconfio que vai ter maternidade, relacionamento, envelhecimento, atualidade e por aí vai. Uma carta para quem quiser ler. Com toda humildade do mundo, sem achar que sou sabida de qualquer coisa, muito menos autoridade em qualquer assunto. Esse será um espaço muito pessoal, de vulnerabilidade e, acima de tudo, de verdade.
Para experiência ser ainda mais legal, vai ser muito incrível se você que está lendo esse texto agora quiser trocar comigo. Comentar, reclamar, elogiar, propor. Sinta-se à vontade para interagir, sugerir para os amigos e amigas, e aumentar essa roda de conversa.
Querida!! Me identifico demais pois também sempre escrevi para existir! Adoro sua escrita e vai ser um prazer te seguir e conhecer melhor por aqui. Inclusive, lanço um ideia: pautas de convers entre nós surgirão via blog! kkk Iniciando: quero saber (num bate papo ao vivo!) quais as críticas rolam por aí sobre o ”And just like that”. Kkk Eu amo e assisto, mas tb tenho minhas críticas! Enfim, to be continued…
Tardou mas não falhou! Que delícia será vivenciar essa carta aberta junto com vc!
Que legal!! Sua escrita da pra ouvir sua voz. Adorei!
Nanda,
já sei que vou amar seguir aqui o seu blog, ler sobre suas ideias e caraminholas, ver quais batem com as minhas, rs.
Alem disso você escreve lindament.e!
Parabens pela coragem de abrir novos caminhos.
Amiga amada, que alegria vai ser te acompanhar por aqui! Muito feliz com essa novidade. Parabéns pela coragem! Te deixo as palavras de Gloria Anzaldúa, uma das minhas pesquisadoras preferidas da vida. "Escrever é o ato mais atrevido que eu já ousei e o mais perigoso. Escrever é perigoso porque temos medo do que a escrita revela: os medos, as raivas, a força de uma mulher sob uma opressão tripla ou quádrupla. Porém neste ato reside nossa sobrevivência, porque uma mulher que escreve tem poder. E uma mulher com poder é temida" (Anzaldúa, 2000).